quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tintas e sons: vibrações estéticas

O dia de ontem foi interessante: participo de um projeto realizado nom Centro de Teatro do Oprimido, em parceria com o Ministério da Saúde.
Assim, ontem tivemos um curso para os multilplicadores deste projeto. Tinham profissionais da rede de saúde mental do Rio de Janeiro e São Paulo (capital, Guarulhos e litoral).
Toda experiência que me submeto nos jogos e exercícios do teatro do oprimido são atravessadores. Tocam fundo a alma. Desperta-nos a uma sensibilidade adormecida mas necessária para transformarmos o mundo.
Ontem, após vários momentos de criação coletiva, finalizamos o dia construindo a bandeira da saúde mental. Um enorme tecido foi estendido e todos nós, estéticamente, intervimos com tintas e o que mais nossa capacidade criativa permitisse. Foi lindo. Um resgate da infância. Um contato direto com forças arquetípicas. Experimentamos a potência criativa da arte.
O resultado final foi lindo. Uma fantástica bandeira. Se eu fosse o primeiro mandatário deste país ficaria tentado a mudar nossa linda bandeira oficial para aquela. Depois tiro uma foto para postar no blog. Mas isso não foi tudo.
Com o processo de criação, foi inevitável: no estabelecimento do jogo lúdico, nossos corpos eram também pintados. Ora por descuido ao esbarrarmos nas tintas, ora propositalmente, ora sofrendo respingos no exercício feito pelos companheioros.
Lembrei de minha infância. Como gostava de pintar. Colorir. Preencher espaços. E espaçosm territoriais e existenciais. É um sentido muito potente de vida: colorir, preencher. Uma prática solidária, ética e que, infelizmente, vamos nos afastando ao longo do tempo. Pensei muito em meu filho neste exercícios. Em breve, quando houver sua maturação motora, vamos pintar nossa bandeira. Uma homenagem que renderemos a nós, a vida e a arte.
Abraços,
Julio